6 de jan. de 2012

PREVENÇÃO: INVESTIR OU NÃO INVESTIR?



Atualmente cresce a corrente das empresas que trocaram a expressão custo por investimento, em se tratando de prevenção e promoção de qualidade de vida. Tendo em vista que o valor investido retorna sob forma de uma maior e melhor produtividade dos colaboradores.
Segundo pesquisas, colaboradores podem apresentar custos variados às empresas:
Depressivos têm custo 70% maior que não-depressivos;
Estressados têm custo 46% maior que não-estressados;
Hiperglicêmicos têm custo 35% maior que normoglicêmicos;
Obesos têm custo 21% maior que não-obesos;
Fumantes têm custo 18% maior que não-fumantes;
Hipertensos têm custo 12% maior que normotensos;
Sedentários têm custo 10% maior que ativos.

Em matéria publicada no site Diário da Saúde, os programas de bem-estar nas empresas têm retornos elevados, segundo pesquisa de universidade norte americana.
Programas de bem-estar voltados para os funcionários têm sido vistos como um adicional interessante, e não como um imperativo estratégico para as empresas.
Mas os dados demonstram o contrário, segundo uma equipe de pesquisadores liderados por Leonard L. Berry e William Baun, da Universidade do Texas, e Ann M. Mirabito, da Universidade de Baylor, nos Estados Unidos.
A pesquisa realizada com dez grandes empresas nos USA, dentre elas Johnson & Johnson e SAS, mostra que o retorno sobre o investimento de programas de bem-estar abrangentes e bem-executados é impressionante – algumas vezes atingindo retornos de 6 dólares para cada um dólar investido.
Os resultados serão apresentados em um artigo na próxima edição da revista Harvard Business Review, intitulado “Qual é o Retorno Direto dos Programas de Bem-Estar dos Empregados?”
O subtítulo da reportagem diz: “Os dados do ROI irão surpreendê-lo e as evidências poderão inspirá-lo”.
Para atingir esses resultados, os empregadores não podem simplesmente oferecer aos trabalhadores algumas entradas para uma academia de ginástica ou informações nutricionais na lanchonete, segundo os cientistas é fundamental que o programa seja embasado nos seis pilares.
Os programas de bem-estar mais bem-sucedidos são apoiados em seis pilares essenciais:
1. liderança engajada em vários níveis;
2. alinhamento estratégico com a identidade e as aspirações da empresa;
3. um projeto de amplo alcance, alta relevância e qualidade;
4. ampla acessibilidade;
5. parcerias internas e externas;
6. comunicação eficaz.

Custos, produtividade e moral
A equipe estudou 10 organizações com programas de bem-estar no trabalho. Eles realizaram entrevistas com altos executivos, gerentes de funções relacionadas com a saúde e grupos focados na gerência média e nos trabalhadores – ao todo, cerca de 300 pessoas.
A equipe descobriu que as empresas que fundaram seus programas de bem-estar nos seis pilares estão colhendo grandes retornos, na forma de menores custos, maior produtividade e moral mais elevado.
Esses benefícios não são fáceis de conseguir, e os retornos verificáveis nunca são uma certeza, mas a trilha percorrida por estas empresas – fundamentada nos seis pilares – pode ser copiada, afirma o relatório.