16 de ago. de 2011

“Teste do Olhinho” ainda é ignorado pela maioria das mamães brasileiras

Exames médicos indispensáveis para o bom desenvolvimento da criança já podem ser realizados nos recém-nascidos ainda no centro obstétrico, nas primeiras horas de vida. Entre eles está o “Teste do Olhinho”, que apesar de não ser tão conhecido entre as mamães como outros exames de mesma importância (“Teste do Pezinho”, por exemplo), é capaz de detectar sérios problemas à saúde ocular do bebê. Rápido, simples e indolor, o “Teste do Olhinho” permite um diagnóstico precoce para um tratamento adequado, evitando danos irreversíveis à visão da criança ou, dependendo do caso, até mesmo a cegueira.

“A catarata infantil é responsável por até 20% dos casos de cegueira ou de baixa visão entre as crianças. Mas, se for detectada bem no início, as chances de cura são enormes. Por isso, é importante que esse exame seja feito logo que o bebê nasce. Mas no Brasil, infelizmente, sua realização na rede pública de saúde ainda não é obrigatória em todos os estados”, diz o neuropediatra Saul Cypel, da Fundação Maria Cecília Souto Vidigal, entidade que trabalha para gerar e disseminar conhecimento sobre o desenvolvimento integral das crianças de zero a três anos. Apenas 10 dos 26 estados oferecem o teste, além do Distrito Federal.
O exame pode ser realizado em pouco tempo pelo pediatra, dispensando a aplicação de colírios. Para realizá-lo, usa-se um aparelho (oftalmoscópio) que emite um feixe de luz na direção dos olhos do bebê. As pupilas devem reagir à luz refletindo um tom avermelhado, se tudo estiver bem. Mas, se o bebê apresentar qualquer problema na sua estrutura ocular, o reflexo não será percebido, indicando alguma enfermidade. “Identificada a doença e sua causa, o bebê já pode ser submetido à cirurgia de correção. Feito isso, seu pleno desenvolvimento estará bem mais seguro”, alerta o neuropediatra.
Além da catara, o exame ajuda a identificar outras doenças: retinoblastoma, doença de coats, glaucoma, retinopatia da prematuridade, toxoplasmose, coloboma, toxocaríase, persistência hiperplásica do vítreo primitivo, hemorragia vítrea, uveítes, altas ametropias e meduloepiteliomas.

Sobre a Fundação Maria Cecília Souto Vidigal
Familiar e sem fins lucrativos, a Fundação foi criada em 1965 para atuar em pesquisa e ensino em hemoterapia. Durante quase 40 anos, os trabalhos foram dirigidos exclusivamente a pesquisas, ensino e atendimento a leucêmicos. A partir de 2006, a Fundação passou a desenvolver uma nova missão: gerar e disseminar conhecimento para o desenvolvimento integral da criança. No Estado de São Paulo, em seis cidades (Botucatu, Itupeva, Penápolis, São Carlos, São José do Rio Pardo e Votuporanga) e também na comunidade de Cidade Ademar, na capital paulista, a Fundação já realiza esse trabalho com profissionais capacitados, o apoio das prefeituras locais e de organizações não-governamentais.
FONTE: SITE NOVOS HÁBITOS

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15 de ago. de 2011

Saúde do Homem: Menopausa masculina: pode ser verdade?




Algumas vezes, o termo menopausa masculina é utilizado para descrever as alterações físicas e psicossociais que ocorrem nos homens a partir dos 40 anos de idade. Embora os níveis de testosterona nesses indivíduos geralmente diminuam, não é correto utilizar esse termo.

A palavra começa com m-e-n, que não se refere ao sexo – e, sim, à menstruação. Portanto, tendo em vista que homens não menstruam, não se deve utilizar o termo menopausa (que significa o fim da menstruação) para indivíduos do sexo masculino.
Alguns médicos preferem utilizar o termo andropausa. Nas mulheres, deixa de ocorrer a ovulação e os níveis dos hormônios sexuais femininos caem rapidamente. Nos homens, ocorre uma diminuição progressiva na produção dos hormônios masculinos.
Outros termos empregados para descrever esse evento encontrado no sexo masculino incluem climatério masculinoviropausa e síndrome dos níveis reduzidos de testosterona. A principal questão é se a redução gradual nos níveis de testosterona é normal e protege o organismo ou se é uma condição que deve ser tratada.

Hormônios masculinos e idade

De modo geral, homens mais idosos apresentam níveis menores de testosterona que os jovens. Após os 30 anos, esses valores começam a diminuir. A incapacidade reprodutiva encontrada após a menopausa, no entanto, não ocorre no sexo masculino.
Enquanto todas as mulheres passam pela menopausa, nem todos os homens apresentam níveis reduzidos de testosterona na idade avançada. A andropausa não está relacionada com a deficiência completa da função das gônadas (órgãos reprodutivos).
A redução nos níveis de testosterona é lenta e progressiva. E no homem, ao contrário do que ocorre com o estrógeno na mulher, os valores permanecem dentro dos limites da normalidade. Em geral, os homens mantém a capacidade reprodutiva até por volta dos 70 anos de idade.
A velocidade com a qual os níveis de testosterona diminuem também varia bastante entre os indivíduos. Apenas cerca de 5% dos homens de idade avançada apresentam valores abaixo do normal para os jovens.
Independente da idade, doenças testiculares ou da hipófise (glândula que controla os testículos) também podem provocar redução nos níveis de testosterona. O hipogonadismo, como é chamada essa condição clínica, pode ser responsável pelo enfraquecimento dos ossos, disfunção sexual e perda de massa muscular. Nesses pacientes, a reposição hormonal traz benefícios. No entanto, ainda não está claro se esses benefícios também ocorrem nos pacientes mais idosos.
Estudos sobre a terapia de reposição da testosterona (TRT) e o envelhecimento normal não demonstraram benefícios consistentes. As desvantagens incluem:
  • estimular o crescimento não neoplásico (benigno) da próstata;
  • agravar o câncer de próstata – pacientes com a doença não devem realizar a TRT;
  • piorar a apnéia do sono – uma interrupção repetitiva e rápida da respiração durante o sono;
  • estimular a produção excessiva das células sangüíneas (policitemia).

Andropausa e crise da meia-idade
É importante distinguir a andropausa e a crise da meia-idade. A andropausa corresponde a alterações pelas quais os homens passam na meia-idade. A crise da meia-idade, por sua vez, é resultado dos conflitos individuais causados por essas alterações.
Os principais sinais e sintomas encontrados em pacientes com níveis reduzidos de testosterona incluem:
  • menor crescimento da barba;
  • aumento na quantidade de gordura corporal;
  • perda de massa muscular e óssea;
  • fogachos;
  • irritabilidade;
  • alterações do humor;
  • dificuldade de concentração;
  • depressão;
  • fadiga;
  • aumento de volume da mama;
  • disfunção erétil.
Muitos homens passam por situações difíceis nesse período – cuidando da família ou com dificuldades profissionais, por exemplo. Eles lidam com esses problemas de maneiras diferentes. Enquanto as alterações que ocorrem na meia-idade podem ser complicadas para alguns, podem não ser relevantespara outros.
Para evitar maiores problemas, procure entender o que está acontecendo com você. Reconheça as mudanças e tente conviver com elas de forma construtiva. Apesar de ser difícil para muitos homens, perceber e discutir os problemas emocionais – mesmo quando se está bem – ajuda bastante. Em caso de necessidade, deve-se procurar ajuda profissional.

O debate continua
Menopausa, andropausa, ou qualquer que seja o nome utilizado. Não existem dúvidas de que, com o passar dos anos, os homens enfrentam problemas físicos e emocionais. Mudanças em casa, no trabalho e no próprio organismo prejudicam a saúde. Uma redução importante nos níveis de testosterona pode necessitar de reposição hormonal. Entretanto, só o médico é que pode melhor te aconselhar.
Dra. Elisabete Almeida – ceoelisabete@latinmed.com.br

Música ajuda a melhorar qualidade de vida de pacientes com câncer

Análise indica que tanto escutar música em cds pré-gravados como a musicologia podem ser um complemento aos tratamentos dos pacientes com câncer para melhorar seu bem-estar.
A música, usada para ajudar a diminuir a ansiedade dos pacientes com câncer durante o tratamento, também pode atuar positivamente no estado de ânimo, na dor e na qualidade de vida, segundo um estudo publicado nesta terça-feira.
A análise, conduzida pela professora Joke Bradt, do Departamento de Tratamentos Criativos da Universidade de Drexel, na Filadélfia, indica que tanto escutar música em cds pré-gravados como a musicologia podem ser um complemento aos tratamentos dos pacientes com câncer para melhorar seu bem-estar.
Os pesquisadores consideraram 30 estudos de sete países – Estados Unidos, China, Itália, Irã, Espanha, Taiwan e Vietnã – e realizaram uma análise sistemática conhecida como revisão Cochrane.
Estes ensaios combinam estatisticamente os dados dos estudos para estender a reflexão de suas descobertas, já que por si só ficaria limitada demais para produzir resultados fidedignos, afirmou à Agência Efe a Joke.
A fusão dos dados dos 30 estudos permitiu analisar a reação de 1.891 pacientes com diferentes tipos de câncer que escutaram música gravada ou que participaram de musicoterapia. Os resultados demonstraram que em ambos os casos os níveis de ansiedade reduziram “consideravelmente”, segundo os padrões médicos para medir ansiedade.
Além disso, detectaram outros benefícios colaterais – em menor proporção, mas também positivos – na respiração e na pressão sanguínea de alguns pacientes – o que ressalta, segundo Joke, que “a música pode ser um tratamento complementar eficiente”.
O Instituto Nacional do Câncer dos EUA define a musicoterapia como um conjunto de técnicas baseadas em música empregadas para ajudar a aliviar a dor ou a tensão.
Neste sentido, Joke disse que este procedimento pode servir como entretenimento e como fonte de concentração e “está provado que quanto mais relaxado está o paciente, menos dor ele sente”.
Os resultados também sugerem que a musicoterapia pode ajudar a melhorar o estado de ânimo dos pacientes, embora não evite a depressão. Segundo Joke seria necessário fazer estudos mais profundos para entender melhor o impacto da aflição nesses casos.
A musicoterapia não só consiste em escutar composições musicais, mas inclusive o paciente pode manifestar suas emoções cantando ou tocando um instrumento. Além de servir de entretenimento, é uma forma de dar “energia” ao doente.
No caso dos cds, o terapeuta geralmente pede para o paciente escolher as preferidas em uma lista de cinco ou seis tipos de música, que abrangem de clássica, “new age” até country, para então produzir uma seleção exclusiva.
A escolha, que às vezes conta com ajuda de parentes e amigos, depende da necessidade do paciente que “às vezes pede música mais animada ou aquelas com letras que inspirem esperança”.
“As músicas proporcionadas por musicoterapeutas capacitados, assim como as gravadas, apresentaram resultados positivos, mas atualmente não há provas suficientes para determinar se uma intervenção é mais eficiente que a outra”, indicou.
O que está claro, segundo disse à Agência Efe, é que proporciona tranquilidade e é um veículo que ajuda a expressar emoções, sempre que necessário.
O artigo Music Interventions for Improving Psychological and Physical Outcomes in Cancer Patients, foi publicado na biblioteca virtual Cochrane Database of Systematic Reviews.
Autor: Redação Saúde
Fonte: Estadão